Autismo
O
termo autista foi utilizado pela primeira vez em 1911, por Bleuler, descrevendo
uma perda de contato com a realidade gerando assim dificuldade ou
impossibilidade de comunicação.
Em
1943,o médico Leo Kanner observou onze crianças em seu consultório, na qual
após suas pesquisas e estudos, escreveu o artigo “Os transtornos autistas do
contato afetivo” (1943). Embasando-se em vários aspectos que chamaram sua
atenção, ele descreveu como traço primordial do autismo a “incapacidade para
relacionar-se normalmente com as pessoas e as situações” (1943, p.20)
Em
1944 Hans Asperger pesquisou e classificou a Síndrome de Asperger, um dos
espectros mais conhecidos do Autismo.
Ao
final dos nos 60, o conceito de transtornos globais do desenvolvimento, surge decorrente
aos trabalhos e estudos de M. Rutter e D. Cohen, na qual “traduz a compreensão do
autismo como um transtorno do desenvolvimento” (BELISÁRIO FILHO, 2010, p. 12).
O termo TGD (Transtornos Globais do Desenvolvimento)
agrupa: transtorno autista, síndrome de Asperger, transtorno invasivo do desenvolvimento
sem especificação, síndrome de Rett e transtorno desintegrativo da infância.
O
autismo é uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento
psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e
falar, afeta seu convivio social.
O autismo infantil é um transtorno do
desenvolvimento que manifesta-se antes dos 3 anos de idade, e é mais comum em
meninos que em meninas e não necessariamente é acompanhado de retardo mental
pois existem casos de crianças que apresentam inteligência e fala intactas.
Existe também o Transtorno Invasivo do
Desenvolvimento (TID) que difere do autismo infantil por evidenciar-se somente
depois dos 3 anos de idade, referir-se a um desenvolvimento anormal e
prejudicado e não preencher todos os critério de diagnóstico. O autismo atípico
surge mais freqüentemente em indivíduos com deficiência mental profunda e em
indivíduos com um grave transtorno específico do desenvolvimento da recepção da
linguagem.
Por ainda não ter uma causa específica
definida, é chamado de Síndrome (=conjunto de sintomas) e como em qualquer
síndrome o grau de comprometimento pode variar do mais severo ao mais brando e
atinge todas as classe sociais, em todo o mundo.
Leo
Karnner foi o primeiro a classificar o autismo em 1943, logo após em 1944 Hans
Asperger pesquisou e classificou a Síndrome de Asperger, um dos espectros mais
conhecidos do Autismo.
Comportamentos do Indivíduo com Autismo
(Segundo a ASA)
Características típicas do autismo
- Dificuldade no relacionamento com pessoas, objectos ou
eventos;
- Utilização invulgar de brinquedos ou outros objectos;
- Incapacidade de interagir socialmente com outras
crianças;
- Incapacidade de ter consciência dos outros;
- Trata os outros como se de objectos sem vida se
tratassem;
- Evita contacto visual;
- Incapacidade para receber afectividade;
- Não tolera contacto físico;
- Depende de rotinas;
- Intolerante e resistente às mudanças;
- Apresenta comportamentos compulsivos, ritualistas e de
auto-estimulação;
- Inflige danos físicos a si próprio, como bater com a
cabeça;
- Tem acessos de cólera, muitas vezes sem razão aparente;
- Tem comportamentos violentos para com outros;
- Tem hiper ou hiposensibilidade a vários estímulos
sensoriais;
- Competências comunicativas verbais e não-verbais
afectadas;
- Não consegue comunicar com palavras ou gestos;
- Vocaliza;
- Repete palavras proferidas por outros – Ecolalia;
- Repete palavras e expressões ouvidas anteriormente –
Ecolalia Retardada
- Preocupa-se com as mãos.
Fonte
de pesquisa: BELISÁRIO
FILHO, José Ferreira e CUNHA, Patrícia. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão
Escolar: transtornos globais do desenvolvimento. V. 9. Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do
Ceará, 2010.